– Você é tão linda quando está quieta, meu amor.
Antônio acariciou os seios duros e molhados, fazendo todo o corpo balançar devagar de um lado para o outro.
– Você gosta de me agradar, não gosta?
A pele ao redor dos olhos enevoados já estava ficando amarelada. Os lábios começavam a rachar. Antônio acreditava que estava ficando cada vez melhor em esconder pequenas imperfeições com maquiagem.
O nariz apontava diretamente para o céu. Aparecia ainda mais agora que as bochechas começavam a afundar. De todos os defeitos que Ana apresentava em vida, esse era o mais evidente em morte.
Antonio colocou uma mão sob a cabeça de Ana. Com a outra, pressionou o osso do nariz para cima. Era libertador não ouvir que precisava ser delicado.
– Antoniooooooo – veio a voz de Dona Bete do assoalho – Não quebra nada que não consiga consertar!
– Me deixa, velha!
Antonio descartou o osso excessivo. Juntou a pele rasgada com durex.
Agora sim, Ana estava perfeita.
Esse é o nono capítulo de Carregue meu Cadáver, o livro que estou escrevendo sobre relacionamentos abusivos. Vou postar um capítulo por dia até acabar.
Adoraria saber sua opinião, então deixe um comentário me dizendo o que achou, divida com quem você acha que vai gostar e me cobre se eu parar de postar.
Obrigada!
Capítulo 1 • Capítulo 2 • Capítulo 3 • Capítulo 4 • Capítulo 5 • Capítulo 6 • Capítulo 7 • Capítulo 8 • Capítulo 10 • Capítulo 11 • Capítulo 12 • Capítulo 13 • Capítulo 14 • Capítulo 15 • Capítulo 16 • Capítulo 17 • Capítulo 18 • Capítulo 19 • Capítulo 20 • Capítulo 21 • Capítulo 22 • Capítulo 23 • Capítulo 24 • Capítulo 25 • Capítulo 26 • Capítulo 27 • Capítulo 28 • Capítulo 29 • Capítulo 30 • Capítulo 31 • Capítulo 32 • Capítulo 33 • Capítulo 34 • Capítulo 35 • Capítulo 36 • Capítulo 37 • Capítulo 38 • Capítulo 39 • Capítulo 40 • Capítulo 41 • Capítulo 42 • Capítulo 43 • Capítulo 44 • Capítulo 45 • Capítulo 46 • Capítulo 47
Nenhum comentário:
Postar um comentário