31.7.07

Pensou nele tanto, tanto, quis tanto que ele estivesse aí, que pudesse conversar com ele, que ele a procurasse, que ele simplemente pensasse nela tanto quanto ela pensava nele que ele ligou.

À meia-noite. Quando ela estava dormindo e o celular, desligado.

26.7.07

Semana Harry Potter - parte 2 (juro que acaba aqui)

Harry Potter e a Ordem da Fênix



O filme novo do Harry Potter é essencialmente ruim. A história é mal-contada e toda picotadinha. Acredito que quem não leu o livro não deve ter entendido a história ou pelo menos não entendeu a essência. Sem contar que eles mudaram muuuuita coisa e eu que sou fã chata e fico pensando coisas como não foi assim no livro!!. Eu sei que fica difícil adaptar um livro tão grande quando a Ordem da Fênix, mas, poxa!, eles tinham muuuita grana pra gastar! Não podiam colocar mais uma meia-horinha pra contar melhor a história?? Pra mim esse não foi um filme por si só, é como um complemento do livro. Um guia para os leitores verem: olha, o que vc está lendo era pra ser assm. Parece que o filme inteiro são cenas escolhidas de uma obra bem maior.

Ah, além disso tem o Dan Radcliffe que é sempre detestável. Mal ator, não consegue trazer nenhuma das emoções do Harry pra tela. O Harry nos livros é engraçado, corajoso, tem dúvidas. O dos filmes só tem dúvidas. É impressionante como TODOS os outros atores dão de 10 a 0 nele. Mais impressionante ainda é como a crítica adoooora ele...

Mas o filme também tem coisas boas. É uma obra bem feita, estética, bons efeitos especiais, iluminação boa, trilha sonora excelente. Os atores novos também são muito bons. A Helena Boham Carter (Bellatrix Lestrange) dispensa comentários, como sempre. É engraçado pensar que ela foi a segunda opção da produção... A atriz que fez a Luna Lovegood é perfeita: linda, voz distraída, ótima atriz. Igualzinho ao que eu imaginei, até melhor :] A Dolores Umbridge está perfeita também. Mais perfeita só se tivessem conseguido uma atriz que realmente tivesse cara de sapo. E a Tonks é legal também, bem linda. Bom, ela não aparece muito, então não dá pra comentar muito a respeito dela.

O Ralf Fienze (Voldemort) destrói todo mundo, como sempre. A produção tem que parar de trazer atores tão bons pra fazer os personagens malvados, assim eu vou acabar torcendo por eles. Outra coisa que eu gostei é que o Rony está bem mais parecido com o personagem literário, bem menos boboca e medroso que nos outros filmes. A Hermione também está mais fiel, não sendo a Xena, Princesa Guerreira que sempre tem as idéias na história. E o Gary Oldman (Sirius Black) está muito sexy, hehe.

Resumidamente, a película tem cenas boas e produção boa, mas faltou um pouco da parte do roteirista. Tomara que no Enigma do Príncipe (livro 6) tragam de volta o roteirista dos outros filmes.

24.7.07

Eu não gosto de best-sellers. Não li nada do Dan Brown e provavelmente não vou fazê-lo (inicialmente pq é um best-seller, mas agora pq ele simplesmente não me interessa) nem nada que costuma aparecer naquela listinha dos dez livros mais vendidos na Veja ou qualquer outra revista. Coisa de pseudo-cult-gosto-do-que-ninguém-gosta? Sim. E pq acredito que literatura é uma das coisas que as massas simplesmente não entendem, mas isso é assunto para outro post.

Mas Harry Potter é outra história. É estranho pensar que eu realmente cresci com o Harry. Li o primeiro livro com 12 anos e o 7º com 18 (e se eu estudasse em Hogwarts essas seriam as idades com as quais em começaria e me formaria lá, já que sou do segundo semestre) e ele fez MUITA diferença na minha vida. Eu não gostava de ler antes dele e, depois de lido, tudo começou a se relacionar com ele - piadas e cenas do livros me recorriam constantemente. Os personagens são como amigos pra mim e eu ainda sei o que alguns feitiços significam e outras informações inúteis acerca dos livros de cor.

O estranho mesmo de tudo isso é que sempre que eu acabava um livro, eu sentia um vazio imenso dentro de mim que ficava por dias (sensação que, até hoje, só um outro livro conseguiu causar). Era como me despedir de um amigo que morava muito longe, ficava por poucos dias de imensa alegria e diversão e fosse embora, me deixando para trás, sozinha no escuro. Dessa vez, ao fim do último livro definitivo (que acabei de ler há poucas horas - fantástico e muito, muito revelador), essa sensação está demorando para vir. É como se eu estivesse me conformando aos poucos de que um ente querido tivesse morrido e não quisesse acreditar que ele realmente nunca mais fosse voltar. É estranho não terminar e querer respostas e esperar ansiosa pelo outro lançamento...

Uma das coisas que me deixa meio irritada, no entanto, é que a maioria das pessoas associa Harry Potter a adolescentes idiotas que só lêem best-sellers. Talvez a maioria do público seja, cativado pelas cenas de ação e piadinhas dos livros e até escolhendo seu casal preferido, mas é tão mais do que isso...

Harry Potter não é uma história para crianças sobre um bruxo órfão que tem que vencer o mal. Harry Potter é uma história para crianças e adultos sobre tolerância, principalmente. Como a própria Rowling disse, o fato do Harry ser um bruxo é meio pano de fundo para o enredo e não é tão importante assim. Durante toda a saga, é mostrada a importância do bom relacionamente entre os bruxos e trouxas e entre os bruxos e outros seres fantásticos. Isso é muito frisado no discurso pró-sangue-puro dos Comensais da Morte, o que me pareceu muito com o regime nazista (principalmente nos 6º e 7º livros). No 7º livro, Voldemort consegue tomar poder e seu regime é totalitário, com controle da imprensa e das escolas, patrulhas armadas nas ruas, prisão e tortura daqueles que se opõem a ele. Tem muita política em Harry Potter. Isso foi dito na Folha e no Estadão acerca do 5º filme. Imagino o que dirão a respeito do 7º filme... Em defesa, desde o livro 5, Harry junta-se com os amigos e forma um grupo de resistência dentro da escola, ao mesmo tempo em que os adultos formam um do lado de fora. Esses grupos se parecem muito com grupos de resistência de guerrilha. Tenho certeza de que os métodos de atuação dos dois grupos não foram tirados da imaginação da autora.

Além disso, os personagens do livro são extremamente complexos, como pessoas reais, com várias facetas. É difícil prever as ações de um personagem, a não ser que ele seja muito caricato, ou em situações muito comuns. Isso também mostra claramente que não há maniqueísmo na história. Os lados da batalha não são separados por bruxos totalmente bons e totalmente ruins. Ambos, apesar dos poderes mágicos, são humanos afinal. Até Dumbledore, o símbolo máximo do bem supremo tem seus defeitos e seus escorregões. Bom, o Voldemort realmente é completamente mal, mas ele foi muito bem trabalhado para ser assim, como alguns líderes políticos que possamos imaginar.

Há também, claro, as referências óbvias às verdadeiras virtudades como compaixão, amor, misericórdia, perdão e altruísmo. É como a Bíblia para ateus. Eu acho que mais líderes mundiais deveriam ler Harry Potter. Talvez mais pessoas deveriam ler, ao menos os trechinhos de lição de moral.

É por causa dessas lições de moral e essas referências políticas que eu acho que Harry Potter é bem melhor que Senhor dos Anéis. E é de longe bem mais divertido e agradável de ler.

13.7.07

Ah... Eu nunca postei vídeos do youtube aqui. Sinto a necessidade de fazer isso, porque isso é tão engraçado (e pq não quero contar minha epopéia no Animundi pra vocês. Digo apenas que fiz uns minifilmes bonitinhos e que eu perdi o meu chaveiro de Jack no caminho ardiloso para casa (mas Nightmare Before Christmas está na moda agora, então vai ser fácil arrumar outro).

Isso aí. Este foi uma das melhores curtas que eu vi no festival (que rola até domingo, pra quem quiser ver) e também o único que eu achei no youtube... Enjoy!

9.7.07

sabe quando a sua amiga te conta uma história super clichê da contada liiiinda que ela recebeu na balada e vc fica pensando em como os homens são todos idiotas na balada e falam qualquer coisa pra pegar mulher, mas não fala nada disso pra ela porque ela tá toda feliz porque saiu da seca?

então.

3.7.07

Não faço amigos fácil. Isso tem melhorado de uns tempos pra cá. Tenho mais amigos virtuais que reais (isso deve ser uma constante entre blogueiros, visto que quase nignuém que eu realmente conheço comenta ou sequer lê isso aqui). Só faço amigos se eles me forem apresentados.

Também não cultivo muito bem minhas amizades. Só tenho uma amiga de infância, com quem eu mal converso, e duas da escola. O orkut serve para me lembrar de todo mundo que eu conheci e com quem eu não converso mais. Devem haver umas 15 pessoas, dos meus 200 contatos com quem troco scraps regularmente. No MSN então a situação é ainda mais crítica. Não sei o que me impede de deletar todos essas pessoas de vez da minha vida (ou do meu desktop, que parece ser na prática a mesma coisa).

Tem gente que perdi que faz falta. Lembro dos bons momentos e fico pensando em porque eles - ou mesmo eu mesma - mudaram tanto.

Mas a maioria não faz a mínima diferença.

Isso chega a ser triste. Mas só chega.