25.5.07

Rosas de Prata

CAPÍTULO 2
Fadas

Semana que vem chegou, finalmente, pela felicidade de todos os jovens cavaleiros, menos Nemo (aquele vagabundo de bom coração, aprendiz do Mago Arquimedes), e seus respectivos mestres. Cada cavaleiro tinha uma dama em apuros para salvar (é, havia várias damas em apuros e seus respectivos dragões), portanto, não se encontrariam no meio do caminho.

—Tenha uma boa jornada, Darwin! E faça-me orgulhoso!

—Eu o farei, Mestre!

Darwin, de armadura, sobre seu cavalo preto, acenava um adeus orgulhoso e ambicioso para o Mago Nacademus. Iniciou sua jornada, a caminho do sol poente.

Deixou o Reino das Fadas num galope rápido. O céu estava laranja e vermelho, as flores soltavam um odor adocicado pelo ar morno, os pássaros cantavam num último suspiro de dia, mas enquanto penetrava pela Floresta de Íridis, tudo escurecia. O cheiro era de terra e o chão estava molhado e coberto de folhas úmidas. O início da jornada foi até prazerosa, todavia a tal da Torre estava muito longe ainda e demoraria alguns dias para chegar até lá.

Passando algumas horas, Darwin começou a sentir-se cansado daquilo. Por que a Torre tinha de ser tão longe? Apostava que a do pobre e indefeso Nemo estava a quilômetros mais perto do ponto de partida, aquele queridinho do Mago Arquimedes sempre se dava bem...

Mas não desta vez! Agora era diferente: sua vida dependia disso. Imagine a humilhação de voltar para casa e perder a coroa para alguém como Nemo? Ah! Seria demais. Mas isso era um sonho a realizar. Sim, um sonho... Era o desfecho perfeito para seu esforço suado, o “e viveram felizes para sempre” de um conto de fadas. Fadas... Sim, como estas criaturinhas de Deus sobrevoando as flores...

Agora ele entendia o porquê de seu futuro reino ter aquele nome. Darwin nunca havia antes percebido, mas as flores estavam sendo iluminadas por estranhas luzes que variavam de tons de verde, amarelo e cor-de-rosa berrantes. Talvez fosse porque estava tão exausto, ou porque elas realmente se sobressaltavam no escuro, esta foi a primeira vez que Darwin viu fadas – e tantas delas juntas. Eram centenas de luzinhas (que não podiam ser vaga-lumes) voando sobre as flores exóticas e entre as árvores da floresta.

—Fadas...

—Sim! Fadinhas! – disse uma vozinha aguda de perto de sua orelha. Com uma batida forte de suas asas, a fada revelou-se em frente ao rosto do cavaleiro.

Esta era uma fada cor-de-rosa. Era uma moça minúscula, seus cabelos lisos e vermelhos batendo na altura da cinturinha, olhos redondos de íris rosada, nariz arrebitado e boca em forma de coração. Vestia um traje curtíssimo branco. Possuía um par de asas de borboletas, simétricas e perfeitas que saíam de suas costas. A luz era uma espécie de brilho bizarro que formava um estranho campo energético circular em volta do corpo delicado da fadinha.

Darwin, mesmo atrás do elmo, não conseguiu esconder o espanto. Manteve-se quieto em surpresa. Evitando um silêncio constrangedor e desnecessário entre os dois, a fada começou a falar, com sua voz aguda:

—Bom, eu sou Zaphira, caso você queira saber. Vim aqui porque seu tutor, o Mago Nacademus, mandou-me vir checar seu comportamento.

Com aquelas palavras, Darwin voltou à realidade. Checar seu comportamento?

—Eu não preciso de ninguém cuidando do meu comportamento, ouviu, fadinha?

—Ah! São todos iguais, corajosos quando chega a fadinha, mas todos perdem a cabeça quando vêem o Dragão. Viram churrasco, todos eles, viram churrasquinho! Você sabe, não é, cavaleiro? Que foram muitos os outros aprendizes que foram atrás da Princesa Alka, mas nem unzinho conseguiu sair de lá com vida.

—E como é que um exame de etiqueta vai me ajudar a passar pelo Dragão? Com certeza não terei de dizer: “por favor, seu Dragão, posso passar para salvar a princesa?”.

—Não era bem isso que euzinha quis dizer...

—Ahah, essa foi a primeira vez que você usou o diminutivo no lugar certo! – gozou Darwin. Talvez irritando a fada, ela iria embora.

Mas pareceu não dar certo, ao contrário, Zaphira parecia ler seus pensamentos:

—Eu não vou me irritar com você, sabe? Nós, fadas, não nos irritamos facilmente e, admita, você estava clamando por companhia.

—O Black é ótima companhia.

—O cavalinho? Sabe, eu o sigo desde sua casa sem que você percebesse e não o vi conversar com seu animal nem uma vezinha.

Darwin começou a irritar-se com aquela voz aguda que não parava de falar. Puxou as rédeas do cavalo Black e continuou a subir a trilha, tendo cuidado em dizer:

—Vamos, Black, aventura nos espera!

Atrás dele, o sorriso da fada não morria. Na verdade, seu sorriso só se alargava.


As fadas classificavam-se em três cores, Nacademus havia ensinado a Darwin. Cada cor significava uma bênção: a verde era para a saúde, a amarela para fortura e a cor-de-rosa para o amor. As fadas iam atrás de pessoas que necessitavam de suas bênçãos e, irradiando sua energia, transmitiam aquilo que poderia melhorar a vida do perseguido.

***

Darwin continuava cavalgando, agora mais vagarosamente, até a Torre. Começava a se preocupar, a noite já estava escura, ainda mais naquela densa floresta, onde a luz da lua nunca penetraria. As Fadas, felizmente, já haviam sumido faziam algumas horas. Levariam ainda quantos dias? Seria melhor acampar? Não, tinha que continuar andando.
Mas o que acharia no final da trilha? Uma torre alta mal-assombrada por um dragão enorme e feio expirando fogo pelas grossas narinas? E a princesa? Como havia ela de ser? Certamente bela, com seus longos cabelos que refletiriam a luz do sol, olhos puxados, cheios de mistério, lábios carnudos que expeliriam vida com seus beijos, mão delicadas, unhas compridas e sempre bem arrumadas... Sim, seria bela. É pré-requisito para qualquer princesa ser bela. Bela, dona da verdade e chata.

Cavalgava agora mais rapidamente, devido às árvores que se separavam aos poucos, dando espaço para a luz da lua penetrar. A noite estava estrelada e a lua cheia iluminava bem tudo ao seu redor. Nosso herói estava galopando agora na pradaria coberta apenas de grama e outras vegetações rasteiras, seus olhos pregados na torre que avistou assim que deixara a floresta.

Reconheceu sua meta imediatamente como a Torre da Escuridão. Já havia visto gravuras em livros e ouvido histórias de parentes de cavaleiros que morreram tentando matar aquele maldito Dragão, mas Darwin nunca imaginou que a Torre seria tão imensamente sombria. Era altíssima e tinha um diâmetro de dar inveja às outras torrinhas. Mas seu tamanho não era o pior: havia nuvens de fumaça ao seu redor (sem dúvida nenhuma, expelidos pelo monstro que habitava lá) dando um ar sinistro e medonho em demasia. Nada parecia estar vivo atrás daquelas grossas paredes de pedra.

Galopou ainda mais rapidamente, não vendo nada a seu redor, apenas a Torre da Escuridão que se aproximava cada vez mais e mais. À medida que cavalgava, suas batidas cardíacas aceleravam e a pressão em suas artérias aumentava. Ambição, sede e desejo por poder eram as únicas coisas que dirigiam aquele cavaleiro, com as rédeas apertadas firmemente entre seus dedos.

O tiling-tiling da armadura, somada ao som das patadas do cavalo contra o chão era música aos ouvidos de Darwin. Galope, galope, galope... A subida parecia-lhe não muito íngreme, não desta distância...

Então um barulho novo se juntou à melodia da glória. E não era um som agradável: era o som do bater de um par de asas, depressa como o pulsar do coração, próximo à orelha do cavaleiro. Este espiou a luminosa criatura cor-de-rosa com o rabo do olho, atrás da venda do elmo e bateu as rédeas fazendo com que o cavalo acelerasse ainda mais para tentar perder a fadinha.

“Pare, Darwin, você não sabe o que pode enfrentar na Torre da Escuridão”. Darwin ouviu a voz aguda e irritante dentro de sua mente. Puxou as rédeas com excessiva força, fazendo com que o animal se erguesse nas patas traseiras e, relinchando de dor, derrubasse seu cavaleiro no chão.

Mas a dor do impacto não fora tanto quanto a dor da humilhação que sentiu ao ver a fada sobrevoando sua cabeça com um largo sorriso de indiscutível vitória.

—Está bem, fadinha, vai me alertar novamente do Dragão? – perguntou o cavaleiro, desistindo e até um pouco curioso.

—Não – respondeu – E me chame pelo nome, não gosto de ser tratada como bichinho – completou.

—Então é sobre o quê, Zaphira?

—Sobre a princesinha.

Darwin rolou no chão até ficar de barriga para baixo em desdém e falou com desgosto:

—O que tem de tão importante nessa princesa?

—É o prêmio –

—Prêmio?! – cortou Darwin sentando-se de olhos arregalados.

—Que você não quer. Agora me diga: por que você odeia tanto princesas?

—Porque elas são chatas e bobas.

Darwin havia dito isso da boca para fora, só para não parecer que não tinha o que responder. Na verdade, a razão era algo maior, bem maior, que a fada nunca entenderia... Mas ela parecia entender, seus olhos estavam cheios de pena e, num modo maternal, falou carinhosamente:

—Eu não quero entrar na sua mente de novo, Darwin, pode falar para a Zaphira, ela é acostumada a ouvir. Ela vem cheia de amor, ela é amor.

Amor... Amor não era importante. Amor havia acabado com sua família...

—Amor não interessa!

—Tenho certeza de que você também ama - continuou Zaphira, no seu tom maternal –, mas não sabe o significado desta palavrinha. Amor pode ser de mãe para filho, de amigos e de apaixonados. Você teme este último, não é? Por que você o teme?

—Não te interessa...

Aquela fada enxerida não o humilharia novamente...

—Você pediu, Darwin...

A cabeça de Darwin poderia ter explodido de dor naquele momento e foi cegado por luz cor-de-rosa.


Poucos segundos mais tarde encontrou-se de volta àquele corredor de marfim frio sem fim do enorme palácio do Reino das Fadas.

Estava olhando para um homem alto, forte, de barba e cabelos médios, vestido com roupas de um simples camponês e com uma expressão indiferente. Este era o pai de Darwin, que, pelo que o mesmo se lembrava, havia tido um pequeno caso com a rainha do Reino das Fadas. O rei havia descoberto e mandado ambos para a guilhotina e hoje, especificamente, o pai de Darwin estava sendo levado, junto à rainha, para seu triste destino.

Enquanto andavam lado a lado, os amantes, em direção à porta, a rainha cochichou:

—Mas morreremos em nome do amor...

Darwin, de oito anos, não fora levado para longe da guilhotina naquele dia. Sua mãe, angustiada, acabou por deixar escapar para ele e seus seis irmãos:

—Quero que vejam quem realmente é o pai de vocês, e aprendam a não fazer igual. Eu fui tola por me apaixonar...

Darwin assistiu à mãe jogar legumes no marido e sua amante junto com o resto do povo. Naquele dia o Reino das Fadas não fora feliz. Naquele dia, enquanto o casal estava preso à guilhotina, o sangue fora derramado e Darwin viu a cabeça de seu pai rolar no Reino das Fadas, onde as Fadas do Amor não conseguiram suportar o ódio e tiveram que partir.


Com uma dor de cabeça ainda maior que a primeira, Darwin voltou à realidade, sentado no chão naquele meio do nada, cabisbaixo e triste. Ele não viu, mas Zaphira também estava triste.

—E é por isso que eu também odeio você. Fadas do amor, princesas e amor por si só. É tudo uma memória terrível que não quero reviver – explicou Darwin, aquele caroço em sua garganta parecia não querer sair fazendo com que engasgasse para falar.

—E tem todo o direito de odiar. Mas estas são águas passadas. E temos que pôr um fim nisso. Este ódio tem que morrer. É por isso que estou aqui.

E ela se sentou sobre o joelho dobrado de Darwin, agora com um sorriso triste. Darwin levantou o rosto e sorriu também. A magia da fada havia começado a funcionar. Darwin levantou-se, espantando a fada. Dirigindo-se a ela, falou, num tom amigo e determinado:

—Vamos, Zaphira. Temos um Reino em jogo.

Montou o cavalo e os três começaram a subir a perigosa serra.

20.5.07

Rosas de Prata


CAPÍTULO 1

O Início de Tudo


Numa mesa redonda de madeira tosca, cercada por 12 cadeiras do mesmo material, sentavam 12 magos. Todos com suas longas barbas brancas, longas vestes e pontudos chapéus, variando na cor e no estilo. Todos sábios, que treinavam seus aprendizes cavaleiros, estes competindo pelo trono do Reino das Fadas.

Timóteo, o dono do bar, trazia 12 canecões, todos com o mesmo quentão, quando o Mago-mor falava. Este tinha a barba mais comprida, as vestes mais negras, o chapéu mais pontudo e, claro, o aprendiz mais vagabundo com o melhor coração (aquele que, com certeza, surpreenderia no final da história, como sendo o cavaleiro mais bravo).

— Temo em dizer, irmãos, que o nosso tempo está se esgotando. O Rei já está ficando decrépito e precisamos substitui-lo quanto mais rápido possível. O Reino das Fadas não pode ficar sem Rei. – pronunciava Arquimedes, sua voz grave e penetrante.

Todos concordavam, é claro, que os Magos não poderiam dominar o Reino das Fadas, por mais que seu nome dissesse isso. Magos não são feitos para dominar nada, apenas serem sábios e ensinarem os menores a serem bravos e de bom coração.

Mas como decidir qual era o melhor cavaleiro? Ora, quem não lê contos de fadas? A saída óbvia era, certamente, pôr a coroa sobre a cabeça daquele que trouxesse uma princesa da torre mais longe, cercada pelo maior dragão, protegido pelo maior número de feitiços malignos.

A reunião terminou quando decidiram que liberariam os jovens aprendizes daqui a uma semana, quando os Magos ficariam observando suas bolas de cristal, vendo quem morreria. Todos deixaram o bar ansiosos. Todos menos um: Nacademus.

Nacademus temia esta sentença desde o princípio. Não que seu querido aprendiz morreria no primeiro dia, longe disso: Darwin era um cavaleiro forte, bravo e talvez até um pouco egoísta demais. O garoto vinha de família simples, mas nunca conseguira sê-lo realmente, sempre quisera ser grande, o maior de todos. Desejava tanto aquele trono que provavelmente sonhava com ele. Nacademus, mesmo com as vestes de um azul calmo e o chapéu combinando, estava muito aflito. Sabia que Darwin sairia naquela mesma noite se fosse preciso, mas não possuía coração e, mesmo se o tivesse, seria de gelo.

O caminho para casa nunca fora tão demorado. Mesmo sendo Mago, Nacademus gostava de exercitar-se, então caminhava sempre para casa, sem ter que usar magia. A lua cheia iluminava seu caminho e brilhava sobre a porta de madeira caída aos pedaços quando chegou próximo o suficiente para observá-la. Não escutou nada quando entrou dentro de casa e foi à procura de Darwin. Achou-o em seu quarto, dormindo sobre a mesa de estudos. Com um toque de sua varinha, Nacademus fez seu aprendiz levitar da mesa e cair delicadamente sobre a cama. O Mago sorriu. Por mais frio que fosse o garoto, gostava dele. Ele tinha verdadeiro potencial e seria um bravo guerreiro, mesmo se não tivesse a alma de um Rei e um coração para tomar decisões. O sorriso era também pela felicidade de ter tempo ainda para pensar em um bom modo de contar a notícia ao ambicioso.
***

De manhã, quando o Mago despertou, encontrou a casa cheia de fumaça, anunciando que o café da manhã já estava sendo servido (Darwin era bom cozinheiro e sempre acordava cedo para preparar o café). Nacademus desceu preguiçosamente da cama, vestiu longas vestes roxas claras e seu chapéu de sempre, encantado para trocar de cor, calçou suas pantufas de coelhos cor-de-rosa e seguiu para a cozinha.

— Bom dia, Nacademus! – disse Darwin, servindo panquecas com mel ao mestre.

— Bom dia, Darwin. Dormiu bem? – respondeu o Mago, sentando-se à mesa e começando a alimentar-se. – Dormiu sobre a escrivaninha, não é? O que fazia lá?

— Traçava meu mapa para fora deste lugar e salvar a Princesa Alka daquele dragão – o garoto olhava pela janela do balcão onde sentava, abraçando uma das pernas, com desejo de aventura no olhar, o mesmo com que falava.

Nacademus aproveitou a situação. Pigarreou e declarou:

— Daqui a uma semana você estará na estrada prestes a resgatar a princesa.

— O quê?! – perguntou o rapaz incrédulo, quase caindo do balcão.

— Isso mesmo! Nós, do Conselho Mágico, decidimos que está na hora de deixarmos nossos aprendizes mostrarem o que aprenderam e disputarem o trono do Rei, já que ele está morrendo e não consegue mais tomar decisões.

A mandíbula de Darwin caiu. Estava felicíssimo. Pulou do balcão e correu para o quarto para fazer as malas.

— É só semana que vem, hein! – gritou Nacademus, em vão.

Em seu quarto, Darwin juntava todas as suas poucas posses sobre a cama e escolhia aquilo que levaria. A jornada certamente seria longa, por isso a mala teria que ser leve. Ei! Por que razão estranha um cavaleiro levaria uma mala para resgatar uma princesa em apuros? Guardou tudo novamente, sentou-se na cama e começou a pensar.

Se resgatar mesmo a princesinha, ela terá que voltar comigo? Terá que ser minha esposa? pensou Por que não posso simplesmente matar o dragão e deixar a garota na torre? Ela que se vire.

Com seus plenos 17 anos, não pensava em garotas, queria apenas o trono, o poder e nada mais. Conhecia o regulamento, sim, e sabia plenamente que teria que matar o dragão, chegar até a princesa, beijá-la, e trazê-la de volta para ser sua esposa. Dividir o Reino das Fadas com qualquer princesinha que chegasse pelo caminho? Não. O Reino era seu por direito, por ter se esforçado, por ter treinado sua vida toda. Ora, por que não matar a moça assim que conseguisse chegar até onde queria? Matava-a envenenada e diria que morreu de doença. Ou podia armar a maior cena, fingindo que se suicidou.

Nacademus haveria de entender. Sempre entendia, por isso gostava dele. Se virasse – aliás, quando virasse Rei – Nacademus seria promovido a conselheiro real. Ah! O sonho da realeza, que agora estava tão perto de se tornar realidade...
----*----

Nota do Autor: Pois é, o primeiro capítulo é bem fuleiro. Mas tudo tem que começar de algum lugar, né? Depois fica melhor. É estranho como, depois de uns 4 anos, eu ainda me orgulho dessa historinha.

17.5.07

Quando tudo parou de funcionar, eu baixei o Firefox. Em italiano. As coisas voltaram a funcionar, mas eu não conseguia fazer nada pq não entendia nada.

Então eu joguei o programa fora.

Aí as coisas começaram a dar pau de novo. Então eu baixei o Firefox de novo. Desta vez em espanhol.

Por sorte, meu espanhol é bem melhor que meu italiano.


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Obs: Tenho um épico de 15 páginas separado em uns 4 ou 5 capítulos escritos há uns 3 ou 4 anos, que nunca publiquei aqui. Querem ler?

11.5.07

Meus dois irmãos são músicos. Minha irmã mais velha canta em coral, sozinha, no backing-vocal da igreja, até fez uma participação especial em uma pseudo banda de black-metal. Além disso tudo, ela ainda começou a aprender piano. Não levou muito pra frente, mas tudo bem. Meu irmão mais novo toca violão. Já fazem uns... hun... 5 anos acho. Com o primeiro professor, aprendeu punk, compatível com a idade (uns 10 anos). Hoje tá aprendendo violão clássico com um cara quase formado em violão clássico pela UNICAMP (isso não é pouca coisa). Minha avó cantava igual a Tarja Turunen (ex-vocalista do Nightwish) no coral da Sinagoga. Meu tio avô (um dos vários, espalhados pelo mundo) tocava no piano o que ele lia nos livros de medicina. Minha mãe começou a aprender violino e acordeon quando era bem novinha, mas minha avó fez ela parar (fanatismo religioso). Um dos meus primos toca bateria, outros dois tocam guitarra (um deles improvisa jazz e blues, só isso).

E eu? Não toco nem pandeiro. Cheguei à conclusão de que eu preciso aprender a tocar alguma coisa. Qualquer coisa. Então, fuxicando os instrumentos por aí, decidi: TRIÂNGULO!! Sim, sim! E eu ainda vou montar uma mandar de folk viking metal com meu triângulo e ganhar o mundo com meus solos de triângulo, vocês (e todos os meus parentes músicos) vão ver só!!

Aí apareceu um amigo meu que toca guitarra (e mais uma penca de instrumentos estranhos, tipo reco-reco, xilofone, gaita e triângulo) e me diz que tocar triângulo é difícil. Ah!! Triângulo é o meu instrumento!!

Alguém me dá um triângulo? E um livro de teoria musical?

9.5.07

Então a Escotilha me amaldiçoou. Vamos lá...

7 coisas que eu tenho que fazer antes de morrer:
1. viagem de mochila pela Europa
2. adaptar "Alice no País das Maravilhas" para o cinema
3. aprender a tirar fotos direito
4. estudar na UNICAMP
5. escrever um livro
6. eprender a tocar triângulo
7. rever amigos de infância que não vejo há anos

7 coisas que mais digo:
1. "poutz!"
2. "nooossa..."
3. "ui!"
4. "isso é, no mínimo, inusitado." (e suas variações)
5. "aaaai, delííícia!" (normalmente em tom irônico)
6. "ownnnnnn!"
7. "tadinho dele(a)..." (normalmente em tom irônico)

7 coisas que faço bem:
1. suco!
2. dizem que escrevo bem
3. esquecer de dar recados
4. me queimar no sol
5. resumir coisas
6. ouvir música
7. dormir!

7 coisas que não faço:
1. ir em rodeios, micaretas e coisas do gênero
2. fumar
3. tocar qualquer instrumento (infelizmente)
4. ser vulgar
5. ficar bêbada
6. vandalizar patrimônio público
7. tornar-me adepta do vegetarianismo

7 coisas que me encantam:
1. dias de frio com sol
2. pipoca doce
3. meias :]
4. filmes bem feitos (com boa fotografia)
5. fotografias bem tiradas
6. músicas boas
7. meninos com cabelo comrpido (ui!)

7 coisas que odeio:
1. filmes de ação
2. hip hop e rap
3. a avril lavigne
4. livros de auto-ajuda
5. pessoas vegetarianas, comunistas ou feministas (ou os três) que ficam impondo sua filosofia de vida sobre mim
6. adolescentes idiotas metidos a adultos
7. dias muito quentes

7 pessoas para fazerem o jogo:
hum... tô sem imaginação. quem quiser fazer, à vontade!


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Lembram do texto da menina que morria porque era esculachada na escola? Pois é, aquilo era uma redação pro cursinho. E eu tirei 30 \o/ (de 30)

6.5.07

Hum...

Ontem fiz simulado, assisti homem aranha 3 (recomendo!) e comprei um sapato boneca novo liiiiindo que eu estava querendo faz um tempão.

Mas nada disso interessa perto disto:

Hahahahah!!

2.5.07

Glauco: "Eu vi um vídeo no youtube de uma televisão de hélio! Era um projetor que projetava numa fumacinha e a imagem ficava perfeita."

Deborah: "Nossa! Como funciona?"

Glauco: "Ele tira o hélio do ar-"

Deborah: "Nossa, eu nem sabia que tinha hélio no ar."

Glauco: "Não tem hélio no ar."

Acauã: "Será que é por butijão?"

Glauco: "É... 'Mãe, não dá pra ver novela, acabou o hélio'. Não dá pra comprar hélio no supermercado."

Acauã: "Da onde os caras de balão de hélio arrumam o deles?"

Deborah: "Butijão."

Acauã: "E teria que ter um vidro, pra não espalhar."

Deborah: "Ah! Mas a graça é a fumacinha!"

Acauã: "É, mas aí vc espirra e acabou o hélio."

Cinco mintuos de silêncio depois...

Deborah e Glauco: "Da onde vem o hélio???"

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conversa de nerd é ruim, hein?

infelizmente meu youtube não está cooperando e não deu pra ver o filme da tv de hélio. Mas se alguém quiser procurar e descobrir da onde vem o hélio: helium display, no youtube!!