26.11.11

A gente finge

Em 2009 ajudei a fazer a arte de um filme com o melhor roteiro do mundo. Dois anos depois, ele está na internet. Que graça têm as coisas fáceis?

19.11.11

Síndrome de Asperger

Eu não gosto de dizer que me considero estranha porque acho isso de uma presunção absurda. Uma vez vi uma entrevista com a Lady Gaga em que ela dizia que ela não é só uma performer louca, que ela é louca daquele jeito mesmo. Sei lá, talvez eu seja muito reclacada, mas eu acho que toda loucura é criada por alguém. Que no fundo somos todos iguais e gostamos das mesmas coisas e dizemos que não, que somos loucos, mesmo que a loucura seja nas coisas que todo mundo faça, como conversar com objetos. Sério, todo mundo que eu conheço briga com a impressora. E não é porque eu faço um curso de humanas numa universidade estadual paulista, onde a proporção de "loucos" é maior que em outros lugares. Aliás, todo mundo que me diz que "é meio louco mesmo" são as pessoas mais comuns do mundo. No máximo usam drogas, que também não é nenhuma loucura. Na sociedade pós-freudiana em que a gente se encontra, as pessoas procuram diagnosticar todas as coisas que fazem. Procrastinação vira DDA, mudanças de humor vira transtorno bipolar, nervosismo vira síndrome do pânico e frescura de não querer misturar tipos de talheres vira TOC. Assim, bem Alienista.

A minha doença é Síndrome de Asperger. Sou dessas pessoas que lê sintoma de doença psiquiátrica e fica tentando se diagnosticar. Já pensei que tivesse DDA, mas quando eu contei pra minha mãe ela riu de mim e disse que eu era preguiçosa mesmo. Depois eu descobri isso de Asperger, que é um tipo de autismo que incluiu ser muito criativo ou muito inteligente. Presunsoso pra caralho, né? Quando eu era criança as professorinhas da escolinha diziam que eu era autista. Diziam pra minha mãe e ela respondeu que eu não era não, que eu conversava com ela. Além disso, eu tenho memórias bem vívidas de conviver com as outras crianças. Eu só era muito insegura e, na maioria das vezes, não gostava delas. Tenho medo de me diagnosticar de verdade algum dia, descobrir que eu realmente tenho alguma coisa, tomar remédio e virar outra pessoas.

14.11.11

Nostalgia

Estou com saudade da blogsfera antiga. E dos meninos blogueiros. Eles sumiram todos. E dos blogs aleatórios que escreviam sobre coisas aleatórias, sem "linha editorial". Agora tem até curso de blogueiro, na Escola São Paulo.

Ainda bem que vocês ainda existem, vocês que me visitam com frequência e sabem quem são. Gosto de ler sobre a vida de vocês, sobre o que vocês pensam, sobre as porcarias novas que compraram. E, sim, volta, mundo blogueiro.