– Antooooonio! Vem jantar, Antonio!
Dona Bete sabia que não podia atrapalhar o filho enquanto ele assistia ao seu futebol. Na verdade ela já tinha aprendido que não podia atrapalhar o filho enquanto ele fazia qualquer uma de suas coisas. Mas ela também sabia que Antonio detestava comida requentada. E o jantar de hoje já estava ficando frio.
– Antooooonio! Quantas vezes vou ter que chamar?
Ela se inclinou sobre o parapeito da escada que levava ao porão. Dona Bete tinha saudade do tempo quando Antonio ainda morava no quarto de cima, antes de preferir se mudar para o porão para ter “mais privacidade”. Dona Bete preferia não imaginar o que o filho tanto fazia lá embaixo.
– Igualzinho o pai…
Dona Bete voltou à cozinha. Cobriu o strogonoff, o arroz e a batata palha com toalhas de papel. Também cobriu os copos de suco de laranja que já tinha separado para o filho e para a namorada do filho, que estava sempre aqui. Será que ela não tinha mãe?
A senhora ouviu o barulho de passos pesados na escada.
– Nossa, mãe, já tampou a comida? Pensou que eu não vinha mais?
– Faz 40 minutos que eu tô chamando.
– Tava vendo o jogo, mãe. Quantas vezes eu já te falei que eu como na hora que eu quiser?
– Comida já esfriou, filho… Vai ter que aquecer.
– Esquenta na panela pra mim?
– O microondas voltou do conserto ontem. Já pode usar.
– Fica ruim no microondas… Esquenta pra mim, vai?
– Você acha que tenho tempo pra isso, menino?
– Sou um homem, mãe.
– Então esquenta sua própria comida.
Quando Dona Bete deu conta de si, estava na frente do fogão esquentando comida para o filho e para a namorada.
– Vocês vão comer aqui?
– Não, a Ana tá me esperando lá embaixo. Daqui a pouco começa o segundo tempo.
Dona Bete amava o filho, mas estava começando a torcer para que ele se casasse logo.
Dona Bete sabia que não podia atrapalhar o filho enquanto ele assistia ao seu futebol. Na verdade ela já tinha aprendido que não podia atrapalhar o filho enquanto ele fazia qualquer uma de suas coisas. Mas ela também sabia que Antonio detestava comida requentada. E o jantar de hoje já estava ficando frio.
– Antooooonio! Quantas vezes vou ter que chamar?
Ela se inclinou sobre o parapeito da escada que levava ao porão. Dona Bete tinha saudade do tempo quando Antonio ainda morava no quarto de cima, antes de preferir se mudar para o porão para ter “mais privacidade”. Dona Bete preferia não imaginar o que o filho tanto fazia lá embaixo.
– Igualzinho o pai…
Dona Bete voltou à cozinha. Cobriu o strogonoff, o arroz e a batata palha com toalhas de papel. Também cobriu os copos de suco de laranja que já tinha separado para o filho e para a namorada do filho, que estava sempre aqui. Será que ela não tinha mãe?
A senhora ouviu o barulho de passos pesados na escada.
– Nossa, mãe, já tampou a comida? Pensou que eu não vinha mais?
– Faz 40 minutos que eu tô chamando.
– Tava vendo o jogo, mãe. Quantas vezes eu já te falei que eu como na hora que eu quiser?
– Comida já esfriou, filho… Vai ter que aquecer.
– Esquenta na panela pra mim?
– O microondas voltou do conserto ontem. Já pode usar.
– Fica ruim no microondas… Esquenta pra mim, vai?
– Você acha que tenho tempo pra isso, menino?
– Sou um homem, mãe.
– Então esquenta sua própria comida.
Quando Dona Bete deu conta de si, estava na frente do fogão esquentando comida para o filho e para a namorada.
– Vocês vão comer aqui?
– Não, a Ana tá me esperando lá embaixo. Daqui a pouco começa o segundo tempo.
Dona Bete amava o filho, mas estava começando a torcer para que ele se casasse logo.
Esse é o sétimo capítulo de Carregue meu Cadáver, o livro que estou escrevendo sobre relacionamentos abusivos. Vou postar um capítulo por dia até acabar.
Adoraria saber sua opinião, então deixe um comentário me dizendo o que achou, divida com quem você acha que vai gostar e me cobre se eu parar de postar.
Obrigada!
Capítulo 1 • Capítulo 2 • Capítulo 3 • Capítulo 4 • Capítulo 5 • Capítulo 6 • Capítulo 8 • Capítulo 9 • Capítulo 10 • Capítulo 11 • Capítulo 12 • Capítulo 13 • Capítulo 14 • Capítulo 15 • Capítulo 16 • Capítulo 17 • Capítulo 18 • Capítulo 19 • Capítulo 20 • Capítulo 21 • Capítulo 22 • Capítulo 23 • Capítulo 24 • Capítulo 25 • Capítulo 26 • Capítulo 27 • Capítulo 28 • Capítulo 29 • Capítulo 30 • Capítulo 31 • Capítulo 32 • Capítulo 33 • Capítulo 34 • Capítulo 35 • Capítulo 36 • Capítulo 37 • Capítulo 38 • Capítulo 39 • Capítulo 40 • Capítulo 41 • Capítulo 42 • Capítulo 43 • Capítulo 44 • Capítulo 45 • Capítulo 46 • Capítulo 47
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