Taís puxou a porta para dentro tentando não fazer barulho. Ouvia-se baixinho um rock alternativo triste que as meninas sabiam que Ana nunca gostou.
O quarto era pequeno. Uma cama bagunçada, roupas jogadas pelo chão e uma toalha molhada em cima dos lençois sujos. Um armário abarrotado e uma escrivaninha cheia de papéis, pratos sujos, uma TV e alguns livros jogados. Não passavam de vinte livros. Dostoievskis e Schopenhauers sem ler, Machados e João Ubaldos marcados a caneta. Um Mein Kampf disfarçado entre os papéis.
Colado na parede, as meninas reconheceram o traço de Ana. Era um desenho do casal datado do início do relacionamento. Dava para reconhecê-los pelas roupas. Mesmo no desenho, Ana estava triste. Era o único resquício dela pelo quarto.
Esse capítulo faz parte de Carregue meu Cadáver, o livro que estou escrevendo sobre relacionamentos abusivos. Vou postar um capítulo por dia até acabar.
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Obrigada!
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