Nos últimos anos, o Acre tem sido uma piada nacional, como vocês sabem, porque ele simplesmente não existe. Chateado com isso, o estado tem protestado, aparencendo cada vez mais na mídia. Primeiro, o ilustríssimo presidente boliviano Evo Morales nos lembrou de que o Acre foi comprado a preço de banana de seu país. Em seguida, comecei a ouvir boatos de que realmente há pessoas acreanas (ou seriam acreenses?) (uma amiga minha conheceu algumas pessoas pagas pelo governo que se diziam de lá). Ano passado, o Acre até caiu no vestibular (acho que foi na Vunesp) e, no último sábado, no meu simulado (em que eu, esperta que sou, acertei a questão).
Diz-se, no site do Senado que "O Acre foi área litigiosa até o início deste século, definiu-se com a conclusão das negociações em torno de seus limites com a Bolívia, em 1903, e com o Peru, em 1912, sendo anexado definitivamente ao Brasil. Desde então, passou à Unidade da federação Brasileira com status político-administrativo de Território Federal, tendo sido elevado à condição de estado através da Lei nº 4.070, de 15/06/1962." (É claro que eu não pesquisei isto, este foi o texto enunciando a questão do Acre no simulado.) Bom, como o próprio Senado afirma - e nunca devemos duvidar do Estado - deveríamos acreditar cegamente que o Acre realmente existe, em algum lugar distante do estremo noroeste do nosso país.
Levanto, assim, uma grande dúvida: e a Rondônia? Nunca conheci ninguém da Rondônia, nem alguém que tenha passado as férias por lá, nem livro ou filme ou novela alguma que se passasse na Rondônia. Será que a Natura extrai buritis da Rondônia? Tem algum afluente importante do Rio Amazonas na Rondônia? Qual é a capital da Rondônia? Aliás, o que tem de bom na Rondônia?? Será que ela existe??? Ou será mais outra pilantragem geopolítica feita apenas para nos iludir sobre as proporções continentais do nosso ínfimo país?
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