Da última vez que eu vi um desenho do Ursinho Puff de verdade, eu devia ter uns 7, 8 anos, em VHS, na nossa TVzinha de 20". Eu gostava muito, sempre gostei dos personagens e recentemente eu comprei um caderno brochura com os personagens clássicos na capa só porque era lindo. Queria estar em casa pra fotografar todas essas coisas e mostrar pra vocês.
Enfim, eu nem sabia que a Disney estava fazendo um filme novo do Pooh. Descobri quando cheguei aqui, nessa cidade que anuncia filme como se anunciam roupas no Brasil. (prefiro aqui. também anunciam exposições e espetáculos de cinema e séries de tv.) Vi o cartaz num ônibus e achei lindo, mas fiquei com medo de ver. A Disney anda estragando tudo em que toca, não poderia ser bom. Até que meu professor de Disney falou pra gente ir ver. O filme, coitadinho, ia estreiar junto com Harry Potter, mas aparentemente ele era um filminho charmoso e bem animadinho. Então resolvi ver.
Vou logo avisando que não é um filme pra qualquer um. Ele parece direcionado pra crianças bem pequenas ou para pessoas que amam animação. Acho que até aquelas apaixonadas pelo personagem vão ficar um pouco decepcionadas. Em tempos de Crepúsculo, Avatar e Shrek, não sei se uma criança de 8, 9 anos iria se interessar por uma história tão simples como essa. O enredo, em que a trupe de animais de pelúcia no bosque procuram pelo rabo do Bisonho, não é das mais emocionantes, mas tem umas partes ótimas, como quando eles tentam colocar várias coisas no lugar do rabo do Bisonho. E eu adoro o Bisonho. Dá vontade de abraçá-lo o filme inteiro, pegar no colo e dizer que vai ficar tudo bem. Ele é o Marvin dos desenhos animados.
Mas é bem lindinho e tem um quêzinho de vanguarda, mesmo sendo bem fiel ao estilo original, dos anos 60, 70, em que os personagens vivem dentro de um livro, interagem com as letras e com as páginas. Ele é todo em 2D, tirando o comecinho e o finalzinho do filme que são em live-action, como no desenho original. Há uma sequência inteira sobre mel, muito, muito bonita - e que, de quebra, dá muita fome. E, minha parte preferida, tem um pedaço do filme que é todo animado em giz de cera. Um joiazinha. É lindo, lindo. Acho que as pessoas que se acostumaram aos filmes da Pixar e da Dreamworks podem apreciar bastante a diferença.
A única coisa que eu não gostei foi que os personagens parecem muito computadorizados. Os fundos são todos feitos à mão, mas o Pooh, o Cristopher Robin e os demais personagens têm uma carinha de pintados em flash/cartoon network que dá até pena. Destoa muito. Foi uma coisa que me incomodou bastante.
De qualquer forma, como não amar um filme que tem um cartaz lindinho desse?
Ah, se alguém for ver, fique até o final dos créditos. É a melhor parte. E, especialmente para a Irena Freitas, a música dos créditos é da Zooey Deschannel.
E, pra todo mundo se sentir muito velho e nostálgico (fizeram de propósito, não é possível), o trailer:
7 comentários:
Eu vi esse trailer no cinema, e achei tão lindo que, por algum motivo, quase chorei. Achei tão doce, tão bem feitinho... Quero ver!
Mas acho que não vai passar em Fortaleza, de qualquer forma... Quem sabe em Londres?
Beeijo!
Pensei que fosse a única que ficou chocada quando soube que era Pooh e não Puff.
Tenho um certo trauma com esses personagens porque, quando era bem pequena, assisti o filme do Tigrão (ou era do Leitão? agora não me lembro) e achei muito, muito triste. Era bem pequena e fiquei deprimida de verdade. Quando eu era mais nova eu realmente me deixava levar pelas histórias, lembro que não conseguia assistir Bambi e Dumbo porque morria de chorar sempre. Enfim.
Desde então sempre penso em filmes do Pooh e companhia como coisas certamente adoráveis mas altamente deprimentes, tipo o Up! que é lindíssimo mas me deixa em frangalhos. Não tenho estrutura.
Mas vendo você contar do filme assim com tanta ternura me deu vontade de assistir. Pior é que aqui só tem um cinema e acho que nem está passando mais.
Beijo!
Eu assistia ao desenho do Pooh (Puff, concordo contigo) quando era criança, mas sentia uma certa melancolia, não era meu desenho favorito. Ano passado li os livros que deram origem ao desenho e a melancolia tá lá também, mas as ilustrações são tão lindas e o texto cheio de sutilezas e piadinhas inocentes que passei a gostar mais dos personagens do que quando eu era criança.
awww quero assistir. *-*
me lembra da minha infância, *-*
O Leitão era meu personagem favorito. hihihi
obrigada pelo recadinho,
beeeeeijo,
Káh. :)
Mas não é Ursinho Puff? Pra mim, sempre foi.
Eu também gostava. Já fui criança um dia, incrível...
Sabe que nunca fui muito fã do Pooh? Quando era criança não era muito ligada em filme de animais, e acabei que nunca desenvolvi amor por esse tipo de história.
Mas quando vi o trailer desse filme achei tão bonitinho! Acho que pelo exato motivo que você falou: parecia tudo tão ingênuo e lindo! Coisa que a gente quase não vê mais nos cinemas (nem em filmes infantis).
Ainda não consegui ver o filme, mas já baixei a trilha sonora, hahaha! Desde que descobri que a Zooey cantaria fiquei de olho. E NOSSA! Que amor, né? Estou escutando as músicas no repeat.
P.S.: eu sempre leio teu blog :) mas meio que parei de responder comentários porque percebi que só falava besteira na caixa de comentários alheia :P
Quero muito assistir, também tenho amor por este ursinho e cia desde a infância. E concordo com a Babi aí acima, ele sempre me trouxe uma sensação melancólica também, mas eu sempre gostei disso, sempre foi a minha tendência ser assim e me perder em sonhos.
E saber que tem Zooey no fim é ainda mais encantador.
Bisous.
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