22.1.08

Meu Nome Não É Johnny lembra Profissão de Risco, com o Johnny Depp por muitos motivos. O primeiro é óbvio, já que ambas as películas contam histórias de traficantes de cocaína. Há também o fato de ambos os protagonistas serem excelentes atores e de suas respectivas esposas serem umas chatas - pra não pôr palavrão no blog. Mas as semelhanças terminam por aí.

Seltom Mello é João Guilherme Estrela, um playboy carioca viciado em drogas que, em função de maus negócios, acaba envolvido no maior esquema de tráfico de drogas do Brasil, com direito a vendas para artistas americanos e entrega na Europa. Observamos uma vida de excessos digna de qualquer playboyzinho viciado, em que João torra todo o dinheiro conseguido com o comércio em mais drogas e coisas supérfluas, esquecendo de pagar contas e deixando seu carro aos frangalhos. Em antítese à sua ascensão no tráfico, sua relação com a esposa Sofia (Cléo Pires, maravilhosa em todos os sentidos), que conheceu antes de se tornar traficante, aos poucos vai esfriando.

A fotografia do filme é maravilhosa, com ótimos efeitos de vídeo caseiro e um colorido especial, apesar da pontinha de filme alternativo. A trilha sonora é outro trunfo do filme. Excelente, ela envolve, aprofundando os sentimentos sentidos pelos personagens em cada cena. Os cortes também foram muito bem colocados a fim de transmitir sentimentos de freneticidade, de excesso ou ainda de tédio.

É interessante assistir à destruição total do protagonista, culminando com a sua prisão. Esse cárcere, no entanto, serve para fazer João crescer e perceber que a vida é muito mais do que drogas. Apesar do comentário em prol da vida, o filme não é clichê e nem se torna chato e existencialista em nenhum momento. O roteiro é uma verdadeira obra de arte.

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sempre me sinto tão inteligente quando faço resenhas.

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