odeio quando minhas suspeitas se tornam reais. irch.
o pior de tudo é que o grande amigo com quem eu podia conversar a respeito foi justamente aquele que me magoou...
até parece que eu não sabia que isso fosse acontecer. até parece que eu nunca passei por isso antes.
mas eu não esperava que fosse ser tão rápido.
é duro ser mulher e se apegar fácil às pessoas. é pior ainda quando eles moram longe e são perfeitos e podem ter qualquer pessoa que querem.
ódio. angústia...
haha, parece que tirei o dia pra desabafar no blog hoje. eu não queria, mas preciso fazer isso em algum lugar. pra quem se importar e acreditar em Deus, qualquer um, peço a vocês que orem pela minha mãe, tá? ela tá bem mal e não sei mais o que faço...
25.2.07
24.2.07
21.2.07
Toda vez que conto às pessoas que não passei no vestibular e que vou tentar novamente este ano, elas me perguntam se eu ainda quero o que queria ano passado. E a resposta é sempre sim, claro. Alguns dizem que talvez eu mude de idéia no cursinho. Acontece que eu sabia o que queria fazer desde os 12 anos e isso não vai mudar agora. Escolhi o que queria para a vida sozinha, sem influência de pais, escola ou mentores de qualquer tipo. Nunca dei muitos ouvidos a quem me dissesse o que eu deveria fazer ou o que dava mais dinheiro.
Em primeiro lugar, eu deveria lhes contar um pouco da minha infância traumática numa escola americana evangélica fundamentalista (alguém já viu “Turma do Mal” com o Makaulie Caulkin, ou seja lá como se escreve? Era quase igual.). Apesar de eu ter algumas boas recordações e dever coisas como alguns bons amigos (uma única com quem ainda converso raramente), boas leituras, uma infância sem palavrões e obscenidades e um inglês fluente, a escola era meio do mal. Além de extremamente fundamentalista, a ponto de não darem educação sexual ou a teoria da evolução, também discriminavam alunos cuja tendência religiosa não fosse a evangélica (nem os católicos escapavam). Lembro de um colega muito, muito discriminado porque seus pais eram muçulmanos, foi taxado de burro durante todos os 6 anos em que estudei lá. Os americanos filhos de missionários, apesar de não pagarem a mensalidade, sempre eram postos em destaque. Além de sempre serem os preferidos dos professores, sempre tinham os melhores papéis em peças teatrais e cantatas de Natal (o meu melhor papel foi o de uma boneca que ficava sentada o teatro inteiro).
Nessa história, porque eu sou filha de brasileiros, apesar da cidadania americana, e – horror! – filha de um judeu, eu sempre fui absurdamente discriminada. Fui taxada de burra e problemática desde sempre. Lembro de ter tentado ser engraçada e sociável às vezes, mas era tão reprimida que acabei me tornando cada vez mais anti-social e cada vez menos auto-confiante. Me apoiava tão e somente em desenhos fajutos que todos insistiam em elogiar, provavelmente porque era a única coisa a que eu demonstrava interesse. Curiosamente, minha mãe era ginecologista de todas as professoras (a maioria solteiras e virgens, com mais de 25 anos) do colégio.
Então eu finalmente mudei de escola! Os meus colegas falam muito mal do Porto Seguro, que é colégio de filhinho de papai, que não dá autonomia aos alunos, mas eles não têm a mínima idéia do que é ser reprimido.
Então lá pelos meus 12 anos, na 6ª série, eu tive um projeto muito interessante na aula de português: a Hora da Música e da Poesia. Nela, escolhia-se um poeta e uma música e falava-se sobre eles. Eram duas partes: a primeira escrita e a segunda oral. Na parte oral, podia-se usar de todo e qualquer recurso midiático que se desejasse, além de poder escolher se quisesse falar sobre o poeta ou sobre a música. E o trabalho era individual, o que era a melhor parte. Na época, recém-saída de um colégio americano e ainda na minha fase MTV/pop music, eu não conhecia muitos músicos brasileiros, então fiz a minha apresentação sobre a Christina Aguilera, de quem eu gostava muito, e da música “Reflexions”, que foi trilha sonora do filme Mulan, da Disney (lembram?).
Essa foi a primeira – e uma das únicas – oportunidade que tive para fazer o que eu quisesse num trabalho, tendo sempre minhas idéias descartadas pelos outros colegas, principalmente pelo fato de eu ser uma aluna nova e muito anti-social, o que fazia com que eu não me impusesse muito em trabalhos em grupo. Então nesse trabalho eu me empenhei muito, principalmente na parte oral, porque fiquei muito empolgada com a idéia de poder fazer qualquer coisa. Aí resolvi pôr fundo musical, exibir o pedaço do filme onde a Mulan cantava a música, pus a letra no reto-projetor, fiz a festa com tudo a que tinha direito. E a professora ficou muito, muito, muito feliz com o que eu fiz. Ela me elogiou na frente da classe inteira e todo mundo bateu palmas! Ela disse que eu era a luz dela, numa classe onde ninguém tinha se empenhado suficientemente. Ninguém além dos meus parentes jamais tinham me elogiado daquela maneira. Provavelmente ninguém nunca mais me elogiou daquele jeito. E aquela foi a primeira vez que eu senti que sabia fazer alguma coisa bem, que eu fui reconhecida por alguma coisa e por alguém que não fosse da minha família.
Naquele dia, eu percebi que queria organizar apresentações e coisas do tipo pela minha vida inteira. Depois eu percebi que esta era a única coisa que eu quero fazer a minha vida toda.
Midialogia UNICAMP 2008, aí vou eu!!!
***
A quem se interessar: eu ainda desenho, mas bem pouco e só quando estou muito, mas muito inspirada. E, mesmo assim, desenho só menininhas e coisa do tipo. Na real é a mesma coisa que desenhava antes, só que mais sofisticadamente. Parei de desenhar quando comecei a escrever, isso foi aos 12, 13 anos, mas isso é história de outros carnavais.
Em primeiro lugar, eu deveria lhes contar um pouco da minha infância traumática numa escola americana evangélica fundamentalista (alguém já viu “Turma do Mal” com o Makaulie Caulkin, ou seja lá como se escreve? Era quase igual.). Apesar de eu ter algumas boas recordações e dever coisas como alguns bons amigos (uma única com quem ainda converso raramente), boas leituras, uma infância sem palavrões e obscenidades e um inglês fluente, a escola era meio do mal. Além de extremamente fundamentalista, a ponto de não darem educação sexual ou a teoria da evolução, também discriminavam alunos cuja tendência religiosa não fosse a evangélica (nem os católicos escapavam). Lembro de um colega muito, muito discriminado porque seus pais eram muçulmanos, foi taxado de burro durante todos os 6 anos em que estudei lá. Os americanos filhos de missionários, apesar de não pagarem a mensalidade, sempre eram postos em destaque. Além de sempre serem os preferidos dos professores, sempre tinham os melhores papéis em peças teatrais e cantatas de Natal (o meu melhor papel foi o de uma boneca que ficava sentada o teatro inteiro).
Nessa história, porque eu sou filha de brasileiros, apesar da cidadania americana, e – horror! – filha de um judeu, eu sempre fui absurdamente discriminada. Fui taxada de burra e problemática desde sempre. Lembro de ter tentado ser engraçada e sociável às vezes, mas era tão reprimida que acabei me tornando cada vez mais anti-social e cada vez menos auto-confiante. Me apoiava tão e somente em desenhos fajutos que todos insistiam em elogiar, provavelmente porque era a única coisa a que eu demonstrava interesse. Curiosamente, minha mãe era ginecologista de todas as professoras (a maioria solteiras e virgens, com mais de 25 anos) do colégio.
Então eu finalmente mudei de escola! Os meus colegas falam muito mal do Porto Seguro, que é colégio de filhinho de papai, que não dá autonomia aos alunos, mas eles não têm a mínima idéia do que é ser reprimido.
Então lá pelos meus 12 anos, na 6ª série, eu tive um projeto muito interessante na aula de português: a Hora da Música e da Poesia. Nela, escolhia-se um poeta e uma música e falava-se sobre eles. Eram duas partes: a primeira escrita e a segunda oral. Na parte oral, podia-se usar de todo e qualquer recurso midiático que se desejasse, além de poder escolher se quisesse falar sobre o poeta ou sobre a música. E o trabalho era individual, o que era a melhor parte. Na época, recém-saída de um colégio americano e ainda na minha fase MTV/pop music, eu não conhecia muitos músicos brasileiros, então fiz a minha apresentação sobre a Christina Aguilera, de quem eu gostava muito, e da música “Reflexions”, que foi trilha sonora do filme Mulan, da Disney (lembram?).
Essa foi a primeira – e uma das únicas – oportunidade que tive para fazer o que eu quisesse num trabalho, tendo sempre minhas idéias descartadas pelos outros colegas, principalmente pelo fato de eu ser uma aluna nova e muito anti-social, o que fazia com que eu não me impusesse muito em trabalhos em grupo. Então nesse trabalho eu me empenhei muito, principalmente na parte oral, porque fiquei muito empolgada com a idéia de poder fazer qualquer coisa. Aí resolvi pôr fundo musical, exibir o pedaço do filme onde a Mulan cantava a música, pus a letra no reto-projetor, fiz a festa com tudo a que tinha direito. E a professora ficou muito, muito, muito feliz com o que eu fiz. Ela me elogiou na frente da classe inteira e todo mundo bateu palmas! Ela disse que eu era a luz dela, numa classe onde ninguém tinha se empenhado suficientemente. Ninguém além dos meus parentes jamais tinham me elogiado daquela maneira. Provavelmente ninguém nunca mais me elogiou daquele jeito. E aquela foi a primeira vez que eu senti que sabia fazer alguma coisa bem, que eu fui reconhecida por alguma coisa e por alguém que não fosse da minha família.
Naquele dia, eu percebi que queria organizar apresentações e coisas do tipo pela minha vida inteira. Depois eu percebi que esta era a única coisa que eu quero fazer a minha vida toda.
Midialogia UNICAMP 2008, aí vou eu!!!
A quem se interessar: eu ainda desenho, mas bem pouco e só quando estou muito, mas muito inspirada. E, mesmo assim, desenho só menininhas e coisa do tipo. Na real é a mesma coisa que desenhava antes, só que mais sofisticadamente. Parei de desenhar quando comecei a escrever, isso foi aos 12, 13 anos, mas isso é história de outros carnavais.
7.2.07
Assisti um filme um dia desses no shopping com menos coisa de Campinas, por só R$3,50. O preço bastante atraente se faz justificado porque era uma quarta-feira à tarde e eu sou estudante. Além disso, o cinema de lá só passa filmes alternativos (daí o preço, os outros cinemas daqui, às quartas-feiras e para estudantes, têm seus ingressos a uns 5, 6 reais). O único filme americano que passava por lá era documentário. De resto, haviam filmes franceses, coreanos, italianos e... brasileiros!
Mais por causa do horário do que por qualquer outra coisa, acabei por assistir O Céu de Sueli, um filme brasileiro, produzido pelo Walter Salles. A temática é bem comum, mas acho que nunca se fez um filme a respeito: a mãe solteira que voltou ao Nordeste (não lembro o estado, acho que era o Ceará) de São Paulo. O marido dela dizia que ia se juntar a ela, mas acabou ficnado por lá mesmo. Daí em diante, ela resolve entrar para a prostituição, incentivada por uma amiga, a fim de ganhar dinheiro para sair dali.
É um filme bastante interessante. Atores bons. Não prestei atenção à fotografia, mas a cena final é bem bonita - visualmente bonita.
Pra quem gosta de ver a realidade, e gente sofrendo.
-----
Ah, sim, eu baixei o Firefox, depois de tanta insistência pela parte de vocês, mas ainda não o pus pra funcionar (falta de tempo, de saco, de vontade...).
Mais por causa do horário do que por qualquer outra coisa, acabei por assistir O Céu de Sueli, um filme brasileiro, produzido pelo Walter Salles. A temática é bem comum, mas acho que nunca se fez um filme a respeito: a mãe solteira que voltou ao Nordeste (não lembro o estado, acho que era o Ceará) de São Paulo. O marido dela dizia que ia se juntar a ela, mas acabou ficnado por lá mesmo. Daí em diante, ela resolve entrar para a prostituição, incentivada por uma amiga, a fim de ganhar dinheiro para sair dali.
É um filme bastante interessante. Atores bons. Não prestei atenção à fotografia, mas a cena final é bem bonita - visualmente bonita.
Pra quem gosta de ver a realidade, e gente sofrendo.
Ah, sim, eu baixei o Firefox, depois de tanta insistência pela parte de vocês, mas ainda não o pus pra funcionar (falta de tempo, de saco, de vontade...).
Uma vez eu peguei o Morzilla Firefox por recomendação de amigos nerds num CD da Física da USP (onde arrumei aquilo?), mas não consegui fazê-lo funcionar. Então continuei usando o Explorer mesmo. Fiquei traumatizada.
Aí, muito tempo depois, meu Explorer começou a dar problemas, então eu baixei o Opera, também recomendado por amigos nerds (agora tenho banda larga e posso baixar coisas! isso é impressionante pra quem tinha internet discada até outubro do ano passado). Então o Opera também deu problemas. Aí eu passei o antivírus e descobri que o problema não era o servidor e sim meu próprio PC (é trsite quando a culpa não é da Microsoft). Então eu parei de usar o Opera.
De uns dias pra cá, o Explorer começou a dar pau de novo e eu resolvi botar o Opera pra funcionar de novo. Primeiro eu passei o antivírus, claro. Depois eu descobri que ele tira todas as configurações do meu layout (e eu demorei tanto pra deixá-lo bonitinho... agora estou pensando se eu arrumo ou não. acho que a preguiça vai vencer, como sempre). Depois descobri que tudo que eu odiava no Explorer, como não abrir páginas de primeira e precisar ficar apertando o atualizar, também acontecem aqui. Além disso, por ser um servidor alternativo, ele não abre páginas principais, como o do Yahoo, então eu fico sem saber das principais notícias do dia (sim, eu lia e gostava de saber a cotação do dólar). Eu ainda não pus a brilhante idéia de fazer o uol ou a Folha Online como minha página inincial pra funcionar(até pq faz só uma semana que estou usando isto daqui e não descobri se dá pra fazer páginas iniciais. acho que não...).
De qualquer forma e por mais que dê problemas, vou usá-lo do mesmo jeito. Estou me sentindo tão alternativa...
Aí, muito tempo depois, meu Explorer começou a dar problemas, então eu baixei o Opera, também recomendado por amigos nerds (agora tenho banda larga e posso baixar coisas! isso é impressionante pra quem tinha internet discada até outubro do ano passado). Então o Opera também deu problemas. Aí eu passei o antivírus e descobri que o problema não era o servidor e sim meu próprio PC (é trsite quando a culpa não é da Microsoft). Então eu parei de usar o Opera.
De uns dias pra cá, o Explorer começou a dar pau de novo e eu resolvi botar o Opera pra funcionar de novo. Primeiro eu passei o antivírus, claro. Depois eu descobri que ele tira todas as configurações do meu layout (e eu demorei tanto pra deixá-lo bonitinho... agora estou pensando se eu arrumo ou não. acho que a preguiça vai vencer, como sempre). Depois descobri que tudo que eu odiava no Explorer, como não abrir páginas de primeira e precisar ficar apertando o atualizar, também acontecem aqui. Além disso, por ser um servidor alternativo, ele não abre páginas principais, como o do Yahoo, então eu fico sem saber das principais notícias do dia (sim, eu lia e gostava de saber a cotação do dólar). Eu ainda não pus a brilhante idéia de fazer o uol ou a Folha Online como minha página inincial pra funcionar(até pq faz só uma semana que estou usando isto daqui e não descobri se dá pra fazer páginas iniciais. acho que não...).
De qualquer forma e por mais que dê problemas, vou usá-lo do mesmo jeito. Estou me sentindo tão alternativa...
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