O Carioca Club é uma casa de shows engraçada. Entrando no site deles vi que tinha show do Calcinha Preta em um dia e do Dimmu Borgir no outro fim de semana. O logo é todo colorido e o cabeçalho do site tem fotos de bandas de forró. Mesmo assim, vi uma dúzia de dias reservados para bandas de metal do leste europeu bem pesado. Depois descobri que um amigo meu tinha ido em um show do Curumim no mesmo lugar. Ah!, as casas de eventos pequenas que aceitam qualquer coisa. Mas é legal, é bonito, vende bebida, o palco é grande, cabe muita gente, a pista é curta, então todo mundo assiste o show igual, até quem está no camarote. Então, depois de duas horas em pé esperando e ouvindo o adolescente atrás de mim descobrir ser muito mais daltônico do que ele pensava (o que me divertiu, já que a amiga da grade estava meio longe e não dava pra conversar), eles chegaram.
E foi lindo. E mágico. E eles são de verdade. E lindos. E o som é muito mais pesado e maravilhoso ao vivo. Quero vê-los sempre, sempre, sempre. E quero levar todo mundo que eu conheço porque a experiência é maravilhosa. Foi quase sexual. Vocês não têm idéia de como 3 cellos são sexies. Como uma guitarra nunca vai ser. E quando eles tocaram Nothing Else Matters e o público todo começou a cantar, até chorei um pouquinho. Aparte de eles não terem tocado Somewhere Around Nothing, minha música preferida, eu ter confundido as música tudo, a noite foi perfeita.
O coturno, ainda novo, deixou meus tornozelos em carne viva. Fiquei surda por alguns instantes por ter ficado muito perto das caixas de som, minha garganta está raspando de tanto gritar e meu pescoço está doendo até agora porque o palco era quase do meu tamanho e eles tocaram Refuse/Resist. Mas ver show da grade em ambientes pequenos é fantástico.
Percebi, no meio do show, que eu, gênia, tinha esquecido o cartão de memória da câmera enfiado no notebook que estava lindamente em cima da minha escrivaninha. Tudo bem, me contentei com as 10 fotos que tirei, de qualidade terrível, mostrando os caras de pertinho - sem zoom! De Perttinho, né? (hihihi) Curti o resto do show numa boa. Chegando em casa, resolvi passar as fotos da memória da câmera pro cartão. Porque eu comprei a câmera no freeshop do Chile, todas as opções estavam em espanhol. Eu juro que não tinha percebido isso até ontem. Bem que eu vi que tudo estava muito mais difícil de achar que o normal. E aí, fuçando, achei uma função que parecia querer dizer o que eu queria. Quando fui ver as fotos, a câmera me disse que não tinha nenhuma. Não entendi. Passei a língua para o português.
Vocês sabem o que eu fiz, senhoras e senhores, com as fotos dos músicas de pertinho para fazer inveja a todos os meus amiguinhos? Vocês sabem?
Eu formatei. Formatei a porra da câmera.
Um comentário:
Em maio, fui no show do Chico Buarque (tá, não é a mesma coisa) só que levei uma câmera "usada" da minha irmã, que ela me deu de presente. As pilhas estavam horríveis e eu bati pouquíssimas fotos. Todas tremidas.
Bem-vinda ao clube.
Beijos!
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