19.10.07

Mulher de fases



Eu passei por taaaantas fases musicais que acho que posso criticar todas, porque gostei de quase todos os estilos.

Quando eu comecei a me considerar gente, eu ouvia Spice Girls (aliás, vocês viram que elas voltaram? Pô, se conseguirem trazê-las pro Brasil, eu vou no show com certeza). Eu tive os dois primeiros CDs e amava. Eu nunca fui uma Spice Girl numa bandinha de criança, porque minhas amigas não gostavam (Na época eu tinha só uma amiga, então nem dava pra montar a bandinha, nem se eu quisesse. Mas a minha irmã era a Baby Spice na bandinha dela, que tinha 7 meninas em vez de 5). Ah, claro, Spice Girls era coisa do demônio no colégio evangélico porque elas dançavam "peladas" atrás de uma cadeira em uma música (Naked, lembram??) e tinham altas mensagens subliminares sobre sexo no meio das músicas (ouvindo hoje eu fico estarrecida, mas isso eu nem percebia porque tinha um coração puro). Depois eu dei o CD, quando cansei delas. Não acredito até hoje que fiz isso. O meu único consolo é que dei para uma amiga da filha da minha empregada (grande amiga, por sinal), então ela deve ter ficado feliz.

Depois delas, eu tive minha fase POP/MTV e eu ouvia tudo que a mídia lançava. Backstreet Boys (tenho 2 CDs) primeiro, depois NSync (2 CDs também)(aliás, o Justin Timberlake era bem mais legal no NSync do que é hoje), Britney Spears na época que ela ainda era virgem (2 CDs), Christina Aguilera antes de virar putona (2 CDs) (Inclusive eu fui num minishow dela de 25 minutos quando ela veio pro Brasil lá por 99. Foi meu primeiro show. Não revelamos as fotos até hoje.), Five (2 CDs) (pra quem não lembra, Five foi uma tentativa mais ou menos frustrada de recriar as Spice Girls numa boy band. Não era tão legal e só um deles era lindo. As músicas eram todas iguais e tinham altas mensagens subliminares sobre sexo. Escabroso.) e até umas bandas menores que eu curtia porque passava na MTV, mas eu não tinha CDs, como Westlife (quem?). E Hanson, claro, não podia faltar (2 CDs). A grande vantagem dessa época é que minha mãe trabalhava muito e ganhava horrores, então era possível comprar todos os CDs (inclusive as trilhas sonoras de todos os filmes da Disney e dos outros desenhos animados da época). Era uma boa época. Eu me achava o máximo porque tinha os CDs que todo mundo queria. Observação básica: eu tinha, inclusive, um CD que a Mattel lançou que era da banda da Barbie, um tal de Beyond Pink, com a capa rosa choque. Eu, minha irmã e a filha da minha empregada tínhamos as três barbies da banda (a minha está até hoje na minha estante - ela brilha no escuro!). Não me zoem, vocês gostavam de É o Tchan que eu sei!

Aí eu me mudei de São Paulo e vim pra Campinas e, aos poucos, ouvir pop não era mais tão pop. Aí eu comecei a ouvir punk rock (isso foi com uns 12 anos), com Blink 182 (2 CDs, um original - que é uma bosta - e outro copiado - que era legalzinho e meu irmão perdeu emprestando para alguém. Pessoalmente, eu prefiro a fase emo do Blink, é mais sonoro) e Avril Lavigne (1 CD - depois me dei conta de que era uma bosta - isso é uma mancha negra no meu histórico musical, mas pelo menos me dá autoridade de odiar muito a Avril hoje).

Mas a fase punk rock durou pouco. Até eu conhecer um amiguinho que curtia metal na oitava série e eu comecei minha fase de odiar tudo que todo mundo adorava. O problema era que era meio difícil conhecer bandas alternativas sem baixar músicas nem comprar CDs (agora minha mãe não ganhava mais horrores, nem nunca mais voltou a ganhar, e os CDs começavam a ficar muito caros), aí eu ouvia o metal que todo mundo ouvia, como Angra, Iron Maiden e Metallica e bandas que eu ouvia na extinta Rádio Rock (bons tempos...). Isso firmou minhas bases pra ouvir majoritariamente bandas de metal estranho de países eslavos que ouço hoje. Mas até o fim do ano passado eu realmente me forçava a odiar MUITO tudo o que todo mundo ouvia.

Hoje eu sou mais livre, leve e solta e ouço tudo o que eu gosto, passando desde música clássica até Pussycat Dolls (mas eu me nego a ouvir Don´tcha, não porque foi muito pop, mas pq é podre, mesmo).

Ah, eu tive minhas fases de funk e axé, da época que eu ia em festinhas (gente! eu era convidada para festas!!) e sabia as coreografias. Isso durou pouco, da 7ª série até o 1º colegial, que foi a minha fase não tão antisocial na escola. Explosão Chacaboom (como escreve essa bagaça??) e Elas Estão Descontroladas ("Ah! Que isso? Elas estão Descontroladas!") marcaram muito. Até o dia que eu fui num axé com uma amiga minha e ela me abandonou pra ficar com um cara, o som tava ruim e eu fiquei traumatizada para sempre.

Além, claro, da fase Mamonas Assassinas que acho que todo mundo teve. Mas eu só ouvia quando os meus primos de Recife estavam aqui (ou seja, quase nunca), porque minha mãe nem minha escola deixavam, por motivos óbvios. "Mãe, o que é uma suruba?" Tinha certeza que era uma espécie de massa.

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