23.12.05

Estava jogado na cama feito pela mãe, logo depois que acordara. Olhava o ventilador de teto rodar em freqüência vertiginosa. Pensava em sua vida. Faltavam 2 anos e meio para que acabasse a faculdade. 2 anos e meio para o fim da vida fácil e o início da liberdade de verdade. Poderia fazer o que ele queria. Qualquer coisa. Mas ele é que deveria escolher. Pela primeira vez, pensou, escolheria por ele mesmo. Por toda a sua vida, sempre houve algumas linhas que o guiasse, alguma alternativa para escolher. Uma alternativa pré-fabricada, na verdade, esperando que ele marcasse um X em cima. Depois de 2 anos e meio, porém, aquilo tudo estava acabado. Poderia escolher. Escolher! Ele!!
Sentou-se, ainda pensando, e pensou: que medo.
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Ontem eu andei 2 km debaixo de chuva, fui recebida por um vendedor de guarda-chuvas só quando cheguei no metrô (onde estaria debaixo do coberto), chegando lá os metrôs estavam com algum problema na estação da Sé ou da Liberdade, ou na área de Santana e não tinha tempo previsto para voltar a funcionar. Felizmente voltou a funcionar rapidinho, mas eu esperei uns 8 metrôs lotados pra poder ir até a rodoviária encontrar com minha mamãe. Lá, gastamos R$2 num pão de queijo minúsculo e eu levei um tombo absurdo ao tentar pegar as malas do compartimento das malas do busão.

Obrigada, aliás, Samuel, pela inspiração.

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