era uma cidade de monstros. monstros grandes e fofos como aqueles que encontramos em desenhos animados japoneses ou em lojas de brinquedos. apesar das aparências, os monstros detestavam-se e cometiam maldades uns contra os outros frequentemente, destruindo a cidade enquanto se auto-destruíam (já que é impossível destruir alguma outra coisa, principalmente um par, sem se destruir pelo menos um pouquinho a si próprio).
um dia, no entanto, apareceu uma besta feroz na cidade. azul petróleo com gigantescos espinhos seguindo em fila indiana de sua cabeça até a ponta de sua grossa cauda. observando todo aquele ódio e toda aquela destruição, o monstro azul petróleo decidiu que precisava fazer alguma coisa, sendo ele, por definição, o monstro do amor.
saiu pela cidade fincando seus espinhos nas costas de todos os monstros que via pela frente, a fim de espalhar o amor pela cidade. algumas criaturas sentiam-se tocadas pelo veneno do inimigo horrendo e começavam a amar furiosamente a todos os monstros ao redor.
outros, no entanto, ficaram bastante irritados com a atitude intrometida do novato da cidade. como ousava ele impôr o amor sobre as pessoas? levantaram um motim e, todos juntos, concordaram em expulsar o pior dos monstros da cidade.
enquanto voava baixo pelo portão da cidade, o monstro do amor ria baixinho, para si mesmo, feliz em ter cumprido sua função.
3 comentários:
amém!
Falou em monstros fofos e eu lembrei logo de Sulley, de Monstros S.A. (coincidentemente um dos apelidos do meu namorado...)
hahaha. legal! gostei! :)
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