22.10.11

And now for something completely different...






Existencialismo no grifa-texto diminuto.

11.10.11

Teratologia

Esse semestre eu peguei uma matéria de Fotografia do Século XIX unicamente porque eu sabia que uma grande parte do semestre seria dedicado à teratologia. Também porque eu adoro o século XIX, mas se fosse escolher entre gente deformada e o século das luzes eu certamente escolheria o primeiro. Os politicamente corretos vão me olhar torto, mas como eu sei que ninguém que lê esse blog é policitamente correto, vou continuar essa história.

Eu adoro defeitos congênitos e essas coisas estranhas. Adoro ler a respeito e ver fotos. E quer saber? Todo mundo gosta e acha interessante, mas fica escondendo pra não pegar mal. Coitado do deficiente, né? Ele não pediu pra nascer assim. Mas eu me sinto um pouquinho no direito porque eu sou meio deformada também.

Tenho escoliose. E lordose. Quer dizer, minha coluna é toda torta. Depois descobri que um monte de gente têm essas coisas, mas só eu, besta, fui tentar tratar quando eu era adolescente. Já devo ter falado sobre isso àlguma hora em meados de 2004, 2005.

Enfim. Eu fiz meu colete à prova de balas endireitador de colunas no AACD em São Paulo. Aquele que faz propaganda na TV com crianças em cadeiras de rodas e com pernas mecânicas. Fui lá algumas vezes, primeiro pra fazer o aparelho e depois para a manutenção enquanto eu ia ficando melhor. E a sala de espera era... Bem, era um show de horrores. Por sorte, havia uma televisão, pra eu poder me distrair um pouquinho das pessoas ao meu redor e evitar ficar encarando. No começo era estranho, mas depois me acostumei.

Uma coisa que eu gostava sobre ir para lá era que eu percebia, mesmo sendo sustentada por ferro dos quadris à base do queixo, era como eu era normal e como meu corpo era perfeito. Como reclamar de ser gordinha era superficial, tendo todos os membros nos lugares certos.